Triquicibernautas

29/11/2013

Tanto as Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar, como o Currículo Nacional do Ensino Básico , enfatizam a necessidade de articulação, através da colaboração entre os docentes destes "níveis educativos". Devem-se encontrar estratégias facilitadoras através de práticas educativas entre a Educação Pré-Escolar e o 1º ano do Ensino Básico, permitindo "aprofundar temáticas comuns, estreitar laços e limar arestas diminuindo os distanciamentos existentes" (Bravo, 2010:42)
Foi o que fizemos hoje de manhã. Recebemos a visita dos meninos do 1º ano das EB Enxertos e Joaquim Pinto.
Na nossa sala, ficaram os nossos amigos do ano passado...
E mais alguns colegas da turma! Os outros (porque são muitos), foram para as outras salas, como estava previamente planificado por todos os intervenientes neste processo.
Nós já tínhamos decidido o que iríamos fazer. Primeiro, uma "Hora do Conto", que se mostrou encantadora.
O Rodrigo Caeiro "leu" a história "O Gato das Botas", deixando-nos a todos deliciados.
No nosso diário de grupo, tinha ficado também o desejo de fazermos uma experiência com os nossos amigos do 1º ano. A decisão depois de votação, caiu na experiência "Explosão de cores". Os responsáveis da atividade, foram o João, a Lara e a Margarida, que foram explicando passo a passo, o que se devia fazer.
A professora colocou o leite quente nos pratos, porque este estava a ferver e era perigoso para os meninos o fazerem. Podiam queimar-se.
Depois, cada um fez aquilo que os responsáveis foram indicando. Colocar os corantes alimentares (4 cores), no leite, meter um cotonete no copo com detergente da loiça, e colocar em cima do leite com os corantes.



E obtivemos belas explosões de cores, como esta.

Depois, de conversarmos sobre esta experiência, de percebermos porque é que isto aconteceu, foi tempo de conviver todos juntos, com um lanche e recreio no exterior.
Ainda houve tempo para fazermos uma foto conjunta...que felizes estávamos pelo reencontro!


E desta forma, fizemos de uma manhã friorenta, uma manhã cheia de sol e cor, de consolidação de aprendizagens, onde à semelhança do que diz Aniceto, 2010:72 "Os saberes atuais só têm sentido articulados com os anteriores e perspetivarem os posteriores"
Mais uma vez tivemos a visita do "A caminho da fantasia". Este projeto da "Leitura - ler mais", conta com a participação da Biblioteca do Agupamento, na pessoa da professora Elsa, da Fundação Jorge Antunes, na pessoa da Drª Márcia, e com a colaboração da professora Sandra de Educação Musical.
Na quinta-feira de manhã,  trouxeram-nos "Agora não D. Loba", que fala de" uma loba que queria comer um pato gordo, mas só encontrou um ovo. Quando o pato nasceu, ela não o comeu logo porque era muito pequenino". (O nosso reconto)
 A D. Loba foi consultar um livro chamado "Como engordar patos" e leu: comer, brincar e dormir. 

"Depois tratou de o alimentar o melhor que podia o pato, foi para o parque brincar com ele às escondidinhas, e por fim dormiram um belo soninho. Quando regressaram a casa, a D. Loba estava esfomeada e só pensava em comê-lo ao jantar. Mas o patudo, espertinho como era, foi buscar uma melancia grande, gorda e saborosa para o jantar dos dois." (O nosso reconto)
Nós estivemos muito atentos a ouvir esta história, que acaba por nos mostrar como a D. Loba, tem  afinal  "um coração maior que a barriga", e como o pato foi inteligente, salvando-se das garras da D.Loba, e desta forma encontrou "Uma mãe e uma amiga". As famílias de acolhimento também são famílias...e muito importantes! É que como nós referimos "Todos têm direito a ter uma família"



Esta história deu origem a uma canção feita pela professora Sandra de música e que diz o seguinte:

"A D. Loba estava esfomeada
Sonhava com um pato e à procura andava
Até que encontrou um ovo azul clarinho
E pôs-se a sonhar com um pato tenrinho.

Mamã, mamã, grasnou o patinho
Deu-lhe um grande abraço cheio de carinho
A loba disse: uff! Estás todo molhado
Secou-lhe o corpo todo e o pato consolado."

O coração é gigante
Bem melhor que a barriga
E o patudo encontrou 
Uma mãe e uma amiga!


E agora fala a professora: Desta forma, além da articulação entre esta equipa, este tipo de atividade desperta o prazer pela leitura às crianças, sendo como todos sabemos, que o contacto precoce com a leitura, é um fator determinante para formar "pequenos leitores". Como refere Mata (2008:70) permite ás (...) crianças que, apesar de ainda não saberem ler, desenvolverem ações e comportamentos de leitor essenciais para se tornarem, mais tarde leitores envolvidos."

27/11/2013

Ainda às voltas com os "Meninos de todas cores", e para complementar a história "O Arco-Íris das Cores"decidimos explorar a história "Meninos de todas as cores"  de Luísa Ducla Soares, formatado em powerpoint pela professora Juca do http://historiasparapre.blogspot.pt, (que apresentamos em abaixo) e como ela mesmo diz "Este é o resultado da formatação em powerpoint da história que todos conhecem de Luísa Ducla Soares. Um bom recurso para trabalhar as questões da diversidade / multiculturalidade com crianças na faixa etária pré-escolar."
 Desta vez, exploramos em 3D, com um material que gostamos muito de moldar - a plasticina.



O que nos deu belas produções, como estas:




Além do reconto em 3D, fizemos o reconto oral e gravamos. Somos 4 Triquiteiros de 5 anos e uma de 4 anos  Aqui está, embora com alguns ruídos, já que estávamos a mexer constantemente no microfone, e também com algumas "interferências" no final, pois estávamos a tentar ajudar a nossa amiga Gabriela, que só tem 4 anos, e na altura da gravação, estava um pouco esquecida. Mas, achamos que até nem está muito mal


Ainda com esta história, dramatizamos para os nossos amigos com os "fantoches" que já tínhamos construído, e adoramos.




Com estas "várias linguagens", foram também várias as competências que abordamos. Como dizem as OCEPE,p:21, "As várias linguagens constituem-se como importantes meios de sensibilização estética e de obtenção de informação. Deste modo, a área de Expressão e Comunicação constitui uma área básica que contribui simultaneamente para a Formação Pessoal e Social e para o Conhecimento do Mundo. Por seu turno, a área do Conhecimento do Mundo permite articular as outras duas, pois é através das relações com os outros que se cai construindo a identidade pessoal, e se vai tomando posição perante o "mundo" social e físico. Dar sentido a esse "mundo" passa pela utilização de sistemas simbólico-culturais"

E...agora a história que nos permitiu todo este trabalho de transversalidade!!!

25/11/2013

Como referimos na semana passada, os "Os direitos da criança", estão instituídos desde 1959, mas nem todas as crianças vivem num clima de paz e fraternidade, e nem todos os direitos são cumpridos.
Hoje quando (re)visitamos os direitos da criança por nós construídos, lembramos principalmente o escolhido pela Lara Maria "Todas as crianças têm direito a um Natal", porque já se vai falando intensamente sobre o Natal por estes lados.

Mas, será que todas as crianças têm um Natal "colorido", em jeito de "arco-íris" como o nosso?
Parece que não. Segundo a mesma Lara "As cores do arco-íris não são alegres para esses meninos",e para a Gabriela "Há muitos meninos a pedirem dinheiro e comida porque têm fome, e também pedem brinquedos".
A Margarida reforça esta ideia "Não são só os meninos de África, que são pobrezinhos. Aqui em Vizela, também há meninos que não têm comida, dinheiro, brinquedos e alguns até vivem na rua."
Será que nós podemos fazer alguma coisa por eles?
Podemos dar amor e carinho! (Rodrigo C.)
Como?
Depois de várias soluções, chegamos à conclusão de que vamos partilhar um dos nossos livros e um brinquedo (boneca, carrinho, jogo) que ainda esteja bom, com os meninos mais necessitados. Esta será a nossa forma de celebrar o Natal para os afetos e valores.
Ainda esta semana, diremos aos pais, como vamos fazer isto. Pode ser que assim a nossa noite de Natal seja tão bonita e  estrelada, como a pintura de VanGogh (que nós estamos a explorar).
E tenhamos nós também os nossos presentes, se nos portarmos bem e formos amigos dos outros, como cantamos o ano passado na festa de Natal, com a música "Pó de estrelas" (Rodrigo e Lara Maria). Passado um ano, ainda a sabemos cantar toda sem nos enganarmos.

Porque é natal...é tempo de partilhar, e oferecer sem contar, Magia!

24/11/2013

No dia 20 de Novembro festejou-se o dia internacional dos direitos da criança. Esta data, assinala o dia em que a Assembleia Geral das Nações Unidas adotou a Declaração dos Direitos da Criança (em 1959) e a Convenção sobre os Direitos da Criança (em 1989).
Nós começamos o dia com a história "As cores do Arco-Íris". "O arco-íris tem muitas cores, todas diferentes umas das outras. As pessoas são como o arco-íris, porque cada pessoa é única. A forma dos olhos, a cor da pele e até a roupa que usamos torna-se diferentes. Mas naquilo que realmente importa, somos muito parecidos. Sentimos alegria e tristeza, amor e dor. Rimos quando estamos contentes e choramos quando estamos tristes. Quando as pessoas de todo o mundo se unem, forma uma imagem maravilhosa, como o arco-íris."
 Somos todos seres únicos, diferentes, mas iguais, nos direitos e deveres. Unamo-nos para construir um arco-íris.
Este foi o mote, para "trabalhar-mos" esta questão, ligando um dos nossos projetos,(arco-Íris) aos "meninos de todas as cores", e aos direitos da criança.
Visualizamos no globo, quais os continentes que existiam no mundo. Percebemos que são cinco, e já sabíamos que a cor azul no globo, simboliza a água, os oceanos.
Decidimos construir o "nosso mundo" com a técnica do balão e pasta de papel. De seguida pintamos de azul.
A história tem imagens de crianças de várias cores, de acordo com os continentes, então, pesquisamos em livros e na internet sobre isso, e demos cores aos continentes, mais ou menos de acordo com as cores da pele das crianças.  Para isso, em pequeno grupo, fizemos bolinhas em papel de crepe. Além de ser divertido, estávamos a trabalhar várias competências, como por exemplo a cor e a motricidade fina.

Desenhamos os continentes, e colamos as "bolinhas".
Outro pequeno grupo, desenhou as cinco crianças de pele, e outras características diferentes e colocou por cima de cada continente.
Ainda construímos os fantoches dos "meninos de todas as cores", para realizarmos um teatro brevemente. Explicamos isso em tempo de comunicação, ao grande grupo.
Cá está o nosso mundo!

Tudo isto, nos levou a falar dos direitos de ter  afeto, amor, proteção; alimentação adequada; cuidados médicos; educação gratuita; habitação para todos; família; nome e país, etc.. 
Criamos os nossos direitos, aqueles que achamos serem os mais importantes, e que aqui deixamos pelas nossas vozes, bem como no registo em forma de desenho.







Como refere o João, "Todas as crianças diferentes, são iguais", e deveriam ser felizes. Mas, percebemos também que mesmo com esta "Declaração dos direitos da Criança", nem todas as crianças vivem num clima de paz e fraternidade, e nem todos os direitos são cumpridos.
Como diz a Lara Maria: "Isto não é justo, porque todas as crianças têm direito a um NATAL". É muito, mas mesmo muito interessante dialogarmos sobre estas questões. Isto mostra o quanto mostramos saber que este é um assunto sério, o quão importante foi sabermo-nos colocar no papel das crianças que não têm aquilo que os direitos referem, o sabermos pensar o mundo que nos rodeia e qual o lugar que nele ocupamos.
Como diz uma colega da nossa professora, somos "Crianças - pessoas de corpo inteiro a aprender a construir um cultura democrática de escola."

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