Para que o Educador possa fazer um bom planeamento,
adequado ao grupo, tem de refletir na e sobre a sua ação educativa. Ou
seja, deve "anteceder" situações e experiências de
aprendizagem, deve refletir nos instrumentos e estratégias de aprendizagem. As
crianças devem participar nesta etapa, e o educador tem de criar oportunidades
educativas que favoreçam a aprendizagem cooperada, num processo democrático de
partilha.
Desta forma, os instrumentos de pilotagem expostos nas paredes da sala de atividades requerem a sua participação, ajudam as crianças na planificação, gestão e avaliação das atividades educativas participadas por elas, proporcionando ao grupo aquisições de normas de vida democrática.
Desta forma, os instrumentos de pilotagem expostos nas paredes da sala de atividades requerem a sua participação, ajudam as crianças na planificação, gestão e avaliação das atividades educativas participadas por elas, proporcionando ao grupo aquisições de normas de vida democrática.
Foi o que fizemos, quando chegou o mês de novembro.
“Lemos e contamos”, o quadro de Presenças e Faltas de Outubro, e do Quadro do
Comportamento, e registamos na nossa avaliação mensal (com a ajuda da
professora, aos que ainda não conseguem fazer isto autonomamente).
E na elaboração dos mapas para o mês de novembro.
Hoje introduzimos outro mapa. É o “Mapa
de atividades semanal”, que funciona numa
grelha de dupla entrada, coletiva, alinhando-se os nomes das crianças e as atividades
disponíveis para o grupo, quer sejam livres, orientadas, de rotina e de projeto.
Desta forma, expõe o que as orientações
curriculares explanam e, diariamente, as crianças planeam as atividades que
pretendem desenvolver, podendo conduzir projetos individuais, iniciando os
tempos de trabalho autónomo. Por essa razão, o plano de atividades transparece
a vida da sala de atividades. O código de preenchimento deste instrumento foi
combinado previamente com as crianças e é feito através de um círculo com a cor
da semana que é aberta no início do dia. O grupo começa a consciencializar-se
das modalidades e da organização de trabalho (planificação), nomeadamente dos
compromissos, das rotinas instituídas na sala, das atividades do Plano Semanal
e dos projetos a decorrer. A criança é, assim, levada a pensar, a aperceber-se
dos seus ritmos, da gestão do tempo e a desenvolver a memória do dia de
trabalho, refletindo sobre o processo vivido, apropriando-se dele
progressivamente.
E, para que a criança não se esqueça das
atividades desenvolvidas, a autoavaliação do plano de atividades é normalmente
formalizada ao final do dia, com a terminação da simbologia acima referida
(fechando o círculo nas áreas que esteve e se finalizou o trabalho
planificado).
Para primeiro dia de "plano de atividades",
não nos saímos nada mal. Até os mais pequeninos entenderam. No fundo como diz
Marcelino P, 2002:5 “Uma consequência esperada(…) era que todo o grupo se
apropriasse, desde cedo, do currículo, dos espaços, tempo e materiais, para o
seu desenvolvimento”.
2 comentários:
Fantástica a fundamentação e a atividade. este é um instrumento essencial na regulação da vida da sala e na autonomia e iniciativa das crianças e vocês parece terem-se apropriado muito bem dele!
Nós por cá, não é bem assim... temos gente muuuito pequena!
Esta semana, com o mês de novembro iniciamos também a planificação autónoma, para já com os meninos grandes e médios. Depois postaremos como!
Continuação de bom trabalho Triquiteiros!
Beijinhos
Olá Juca. Obrigada pelas tuas visitas, e pelos comentários que vais deixando.
Este é realmente um instrumento de pilotagem fundamental, que já estava a fazer falta nesta sala. Quisemos dar algum tempo aos 4 Triquiteiros novos...Achamos que agora, já era a hora, e parece que acertamos. Só usamos este "Mapa de atividades", com um grupo de crianças mais velhas, e este é o caso!
Bom trabalho para vocês-os Fixes!
Beijinhos
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