Triquicibernautas

28/03/2013


Em tarde de quinta feira de Páscoa, passei para desejar a todos os que aqui vêm, Triquiteiros e famílias  colegas, seguidores e visitantes, uma Páscoa feliz, recheada de momentos doces.





Aproveito para lembrar que regressamos a dois de Abril, à hora do costume, em dia de comemoração  Internacional do Livro Infantil.
Abril é também o mês da "leitura com pais", como combinado na reunião de avaliação. Assim, em tempo de Páscoa, sugiro aos pais, que espreitem as livrarias e invistam num livro para trabalharem com os vossos filhos, e depois comunicarem as vossas "aprendizagens de afetos" aos Triquiteiros. 
Sugiro ainda algumas editoras, que "vivem" na biblioteca da sala dos Triquiteiros, como os livros da    Planeta TangerinaEsta editora portuguesa foi eleita a melhor da Europa na literatura para a infância e juventude, recebendo um prémio atribuido na feira do Livro Infantil de Bolonha, em Itália. Depois de "Pê de pai", "Coração de Mãe" e "Cá em casa somos", a compra mais recente desta editora para a sala dos Triquiteiros foi "Tantos animais e outras lengalengas de contar". Até parece que já adivinhávamos o prémio. 
As outras editoras são a Bruaá e  Kalandraka, sem esquecer as mais conhecidas como a Porto Editora ou a Areal.
Além de doce que seja uma Páscoa recheada de boas leituras, pois importância do livro português como promotor da língua e da cultura é inegável.

22/03/2013

O dia do pai, é uma boa oportunidade de trabalhar a valorização da figura paterna, mas também para refletir nas diversas configurações familiares.
Como referi no post anterior, hoje é comum as crianças morarem com os avós, tios, apenas com a mãe ou o pai. O termo "família" começa a ganhar forma de inclusão de ligações por consanguinidade, dependência económica e ou residência na mesma casa, e grupos de pessoas que habitam na mesma casa.
Percebe-se desta forma, que as famílias que conhecíamos há uns anos atrás, começam claramente a sair do formato "pai, mãe, filhos", mas que têm necessariamente de ser reconhecidas.
Estas mudanças, têm que merecer a devida atenção por parte das escolas, para não provocarem consequências diretas nas crianças.
Receber os Pais (no sentido lato da palavra) na escola, para comemorar a data, pode ser frustrante para algumas crianças. O Pai pode não poder vir à comemoração, por motivos de trabalho, distância, outra família, ou outros. 
Ao propormos celebrar esta data com os Triquiteiros e os "Pais", tivemos o cuidado de legitimar o sentimento de cada criança e da sua família. Na ausência do Pai, os Triquiteitos convidaram a pessoa que queriam, ou que têm um bom relacionamento para um pequeno almoço de afetos em tempo Pascal.
Todos foram bem vindos...os Pais, Avós, Padrinhos ou Mães.  O importante é que no futuro, o dia seja recordado como algo de bom.

























E estes miminhos foram tão doces!!!

Agradeço à Associação de Pais, a colaboração prestada no pequeno almoço, e a todos os "Pais" (avós, padrinhos, tios, mães) a presença nesta atividade.
Muito obrigada, por fazerem desta manhã...inesquecível!

19/03/2013


Considerações:

Reconheço que os dias formatados me fazem um pouco de confusão. Dia dos namorados, da mulher, da mãe, do pai, do não fumador, da violência…e outros tantos. 
Na escola, sou “obrigada” por várias razões a celebrar com as crianças aquelas datas que considero mais importantes, e que devido à sociedade portuguesa em que vivemos (quase sempre de acordo com a tradição cristã) as próprias crianças dão mais valor. O dia do Pai, insere-se nessas datas ditas “mais importantes”, e logo “especiais”. 
Penso muito se será bom celebrar esta data, e muitas vezes “encarregar” de a lembrar a outras crianças que não têm por vários motivos o pai por perto? É que o “Pai” nos dias de hoje, vai muito mais além da figura paternal que nos habituamos a ver e a sentir. Temos tios, avós, padrinhos e mães no papel de pais, e até pais no papel de mães.
Mas, e aqueles que têm os pais (no sentido lato da palavra) por perto, ou os outros "pais", que são também eles pais, e querem celebrar o dia? Como fazer nesta dualidade da questão?
Cada um deve encarar o dia do pai como o quiser recordar no futuro, para que fique na memória como algo de bom. Afinal dia do pai e dos “pais” é todos os dias.
Já quanto à questão das atitudes comerciais, isso aí já é “vinho de outra pipa”, e não parte das crianças, mas de cada um de nós adultos, e do significado que lhe quisermos atribuir, para contribuir ou não para melhorar a economia do País. Afinal as lojas comerciais, existem para isso mesmo…e não é propriamente bom, nem mau…são necessárias.

Feliz dia do Pai e dos "Pais"!



Porque este ano o dia de S. José - Dia do Pai, coincide com a interrupção letiva da Páscoa, os triquiteiros começaram bem cedo a elaborar o presente para os pais,  ou avós, tios... A forma de "Pai" vai muito mais além de quem é o verdadeiro pai, porque neste momento, temos todas estas pessoas a fazer o papel de pais.
Já há duas semanas atrás levantamos um pouco a ponta do véu, daquilo se estava a passar. Mas, apenas um pouquinho.
Depois de pensarmos (eu incluída) em várias possibilidades de presentes, o grupo acordou fazer um individual, para o pai usar quando está a comer, seja o pequeno almoço, almoço ou jantar. Escolheram entre  pintar as suas mãos, ou fazer um desenho/pintura que tinha como base o trabalho do "Romance do ponto e da linha". Pediram também ao pai que enviasse uma fotografia para a professora colocar junto com a do filho no individual.



Ainda decidiram que o presente seria embrulhado numa "camisa de papel", e que levaria um laço ou uma gravata, conforme o gosto de cada um.






Foi isso que andaram a fazer durante algum tempo, como podem observar:



E que ficou assim, para oferecer aos pais, avós, tios ou padrinhos mais especiais do mundo, com um poema que aprenderam na escola e que vai no individual.






Por vezes ficas zangado
Por eu ser desastrado
E deixar sempre dedadas
Espalhadas por todo o lado.
Mas os dias vão passando
E eu vou escrever sem parar
E todas as minhas dedadas
Vão ser difíceis de lembrar.
Por isso aqui fica
A marca dos meus dedos (neste desenho)
Para nunca mais te esqueceres!

17/03/2013

No início de Fevereiro, fomos convidados a participar numa atividade que incentivava a poupança e que se inseria na Comemoração do Dia Mundial do Consumidor – 15 de Março.
A atividade consistia em construir um porquinho mealheiro (já que atendendo às circunstâncias em que vivemos atualmente, é fundamental incutir nas crianças o espírito da poupança), recorrendo à utilização de vários materiais reutilizáveis e decorá-lo com as cores da bandeira de um dos países europeus.
Ao delinearmos um projeto de trabalho a desenvolver com um grupo  de crianças, é impossível não refletirmos sobre a nossa filosofia educativa, ou seja questionarmos sobre porque fazemos isto, ou aquilo desta forma, porque seguimos este caminho e não o outro. Essa opção educativa dependente em muito daquilo que somos hoje como pessoas, das nossas experiências e da forma como nos projetamos para o futuro.
Procurando o significado da palavra “ FILOSOFIA”, o dicionário define como” amor pelo saber e pela ciência”  e ainda como “ um sistema particular de princípios para conduzir a vida”. Também nós, enquanto profissionais de educação nos regemos por um conjunto de princípios que nos conduzem  na  procura constante de escolhas e decisões educativas cada vez mais coerentes e comprometedoras para com as crianças.
Trabalhar em projeto é trabalhar dentro de uma metodologia ativa, onde todos os alunos são construtores do seu saber, desenvolvem capacidades investigativas, compreendem relações dialógicas entre teoria e prática, desenvolvem o espírito democrático em trabalho de grupo, desenvolvem a criatividade e a autonomia, resolvem e contextualizam socialmente os problemas.
Assim, só faria sentido construirmos um porquinho mealheiro que se inserisse dentro de um dos projetos da sala… e isso era possível.

Convidamos a Joana, (é sempre bom recebermos a animadora sócio educativa da escola) para nos dar uma ajudinha neste processo. Iniciou a sua demonstração, dizendo como teriam que rasgar o papel de jornal, em tiras na vertical, para estas saírem perfeitas.


Depois a cola, tinha que ser da branca, e ficar assim um pouco liquida.



Encher um balão, colocar a cola e depois as tiras de papel por cima da cola.


O grupo que tinha mostrado interesse na atividade meteu mãos à obra, e começou por rasgar o papel de jornal.



Colar no balão.









E deixar secar durante uma semana.
Quando estava pronto para pintar, procedeu-se à escolha do país da Europa que ficaria representado no porquinho.
Passeou-se pelo globo, visitou-se os países dos cinco continentes, assentou-se arraiais na Europa, e verificou-se que os Triquiteiros conheciam bem quer a França de Monet, quer a Espanha de Miró. A escolha recaiu em Espanha e em Miró.

Depois, foi só visualizar algumas pinturas de Miró, relembrar as cores principais e pintar.








Os restantes materiais que deram forma ao porquinho, foram as rolhas de cortiça para as “pernas” do porco (pintadas de vermelho e amarelo), os botões para os olhos, a rolha da garrafa da água para o nariz, , e pasta de enchimento colorido para as orelhas. Isto tudo foi colado com cola quente pela professora, porque era perigoso para os Triquiteiros.


Deram-se os retoques finais.



E o resultado foi este. Um porquinho mealheiro colorido, para dar mais vida à poupança do cinzento diário de um país em crise.





Está em exposição na Escola Secundária de Vizela, junto com muitos outros porquinhos mealheiros alusivos a vários países europeus. Os Triquiteiros esperam que gostem…é que eles adoraram fazer o seu porquinho mealheiro à Miró. Não tem a bandeira de Espanha...mas Miró é Espanha. É bom ser criativo, "aprender" de forma significativa e eficaz...assumir ruturas.

“Projeto é a afirmação do ser humano pela acção”, crianças em projeto são, “autoras de si próprias”( Sartre, 1960 )

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