Porque amanhã é
feriado, festejamos hoje o dia do pai, e demos voz à nossa professora para ela
tecer as seguintes considerações.
Na escola, somos “obrigados” por várias razões a celebrar com as crianças
aquelas datas que consideramos mais importantes, e que devido à sociedade
portuguesa em que vivemos (quase sempre de acordo com a tradição cristã) as
próprias crianças dão mais valor.
O dia do Pai,
insere-se nessas datas ditas “mais importantes”, e logo “especiais”, e é uma
boa oportunidade de “trabalhar” a valorização da figura paterna, mas também
para refletir nas diversas configurações familiares.
Hoje é comum vermos crianças a morarem com os avós, tios, apenas com a mãe ou o pai. O termo
"família" começa a ganhar forma de inclusão de ligações
por consanguinidade, dependência económica e ou residência na mesma casa,
e grupos de pessoas que habitam na mesma casa.
Percebe-se desta
forma, que as famílias que conhecíamos há uns anos atrás, começam
claramente a sair do formato "pai, mãe, filhos", mas que
têm necessariamente de ser reconhecidas.
Refletimos muito sobre este assunto: Será bom celebrar esta data, e muitas
vezes “encarregar” de a lembrar a outras crianças que não têm por vários
motivos o pai por perto? É que o “Pai” nos dias de hoje, vai muito mais além da
figura paternal que nos habituamos a ver e a sentir. Temos tios, avós,
padrinhos e mães no papel de pais, e até pais no papel de mães.
Mas, e aqueles que têm os pais (no sentido lato da palavra) por perto, ou
os outros "pais", que são também eles pais, e querem celebrar o dia?
Como fazer nesta dualidade da questão?
Estas mudanças,
têm que merecer a devida atenção por parte das escolas, para não provocarem
consequências diretas nas crianças.
Receber os Pais
(no sentido lato da palavra) na escola, para comemorar a data, pode
ser frustrante para algumas crianças. O Pai pode não poder vir à
comemoração, por motivos de trabalho, distância, outra família, ou outros.
Ao propormos
celebrar esta data com os Triquiteiros e os "Pais", tivemos o cuidado
de legitimar o sentimento de cada criança e da sua família. Na ausência do
Pai, os Triquiteitos convidaram a pessoa que queriam, ou que têm um bom
relacionamento para um pequeno almoço de afetos. Todos foram bem
vindos...os Pais, Avós, Padrinhos ou Mães. O importante é que no futuro,
o dia seja recordado como algo de bom.
Afinal dia do
pai e dos “pais” é todos os dias.
Mas o dia de
hoje começou assim:
Dando os Bons Dias aos PAIS, e tomando o pequeno almoço juntos...com muito mimo à mistura!
Depois de termos tomado o pequeno almoço, entregamos aos PAIS os presentes que elaboramos para eles.
Alguns pais quiseram abrir os presentes na hora e ouvir as nossas explicações.
E mimamos muito e fomos mimados!
OBRIGADOS PAIS pela vossa presença. Foram fantásticos - "Hoje foi uma manhã, cheia de amor e muito carinho, porque tivemos cá os pais, e foi maravilhoso" - R. L.
Quando a escola e a família
mantêm boas relações, situações como a que se viveu hoje são possíveis, e são
facilitadoras de interação entre duas instituições sociais. Quem fica a ganhar,
são as crianças.
1 comentários:
Grande lição de vida e de afetos... os triquiteiros - grandes e pequenos - não irão esquecer! Feliz Dia do Pai, vocês são privilegiados pois podem festejá-lo em casa!
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