Triquicibernautas

15/06/2020

Regressar à escola presencialmente , fez-nos resgatar o projeto eTwinning "The Water and us". Temos que o finalizar até dia 20 de junho e durante as últimas semanas, os nossos colegas do projeto, começaram a fazer uma história, aquilo a que chamamos de "Conto Redondo". A nós coube-nos finalizar esta história.


O parágrafo final dos colegas do 4º ano da Professora Ana Teresa dizia o seguinte "Logo, ela percebeu o porquê de ele viver num aquário tranquilamente apesar de o oceano ser o melhor habitat para ele. E, reforçou a importância de não se poluir a água.
Mas de repente, surgiu-lhe outra dúvida:
- Será que há água no céu?
 E foi a esta questão que tivemos de dar resposta.
O G disse logo...Claro que há, nas nuvens.
A professora perguntou: Como vai a água para as nuvens?"
A M  disse: Quando o sol aquece a água do rio ele sobe e vai para as nuvens.
A ML reforçou: Depois as nuvens ficam pesadas e começa a chover.

Isso levou-nos a ver um pequeno vídeo sobre o Ciclo da Agua e depois registar as nossas aprendizagens.






Ainda fizemos uma experiência muito simples da "Evaporação e Condensação", com um tacho de água a ferver.



E depois disto tudo, o texto para o final do "Conto Redondo", ficou assim.

Claro que há água no céu, disse o peixinho. Como sabes todos os seres vivos precisam de água para sobreviver…plantas, árvores, animais e os humanos. A mãe natureza recicla a água e como? Com o ciclo da água. Sabes o que é?
Quando o sol aquece a água dos mares, rios e oceanos esta sobe para o ar e transforma-se num gás chamado vapor de água. É a evaporação. À medida que a água se evapora, transforma-se de novo em gotas e forma-se as nuvens. Este processo chama-se de condensação. Então, quando as nuvens ficam muito cheias, o ar não as seguram e elas caem de novo à terra em forma de chuva, aguaceiros, granizo e neve. É a Precipitação. A água que cai que cai de novo nos rios e nos oceanos, rios e solos, evapora-se novamente. O planeta terra é muito inteligente porque recicla a água constantemente, num ciclo sem fim.

Mas hoje, não ficamos por aqui. A nossa professora fez-nos uma provocação, tendo como base a Abordagem Reggio Emilia e trouxe o oceano, e a praia para o interior... Houve novamente UAUS e Encantamento, porque a areia e o oceano vieram para o nosso interior.
Primeiro ficamos eufóricos, mas passado algum tempo, já mais calmos fomo-nos apropriando da beleza do brincar heurístico e construímos aprendizagens significativas, num ambiente fortemente estético e como diz um amigo meu num "laboratório da maravilha". Sentir a espuma, a areia nas mãos e nos pés, interações plenas...

~









Aproveitamos a provocação para fazermos também o nosso momento de relaxamento.


Isto é um lugar de potência, beleza, encantamento, investigação, criatividade, transformação, processos, brincar, agência da criança, porque as cem linguagens existem e porque a criatividade não cabe numa folha A4.

08/06/2020

Ontem a nossa professora, fez um pequeno texto sobre "A Cor da pele não define ninguém" e colocou no facebook dela (tudo por causa dos últimos acontecimentos em relação ao racismo).  Dizia assim:
"A cor da pele não define ninguém...
No meio da rua onde se brinca, na escola que se frequenta, nas praias onde todos vamos, uns são gordos, outros magros, pretos, castanhos, mestiços, brancos, grandes e pequenos, olhos rasgados, narizes bicudos, orelhas de "burro", orelhas pequenas, etc.
Repito e vou repetir mais vezes, que as pessoas não são definidas pela cor da pele (ou pelo metabolismo, pelo sexo ou até pelo apetite), ou pela origem dos pais. Só que felizmente ou infelizmente têm o futuro determinado pelas armas que lhe são dadas na vida...a começar pelas familias e continuando na segregação feita pelas escolas e por aí fora...eu vou fazendo o meu papel. Já viram quantas "cores de pele há"? O estranho é que a maioria das crianças pensa que apenas há uma e quando alguma criança pinta uma cara de vermelho, há ainda adultos a insistir..." não sabes que tens de pintar com cor de pele?". E dizem que a pandemia nos ia fazer melhores seres humanos!!!"
Mais tarde recebe o comentário da mãe do G, que dizia o seguinte: 
"Ontem falei sobre este assunto por causa de um bocadinho que ele viu de um filme que estava dar na televisão. Ele não entendia o porquê dos policias estarem a baterem nas pessoas!!! Disse-lhe que apenas lhes batiam por serem de outro tom de pele e ele começou a chorar porque para ele a pele dele é escura, e a polícia ia bater-lhe!! No colo disse-lhe as pessoas são todas iguais e ele sabe que sim, e que aquilo já foi há muito tempo ( menti-lhe!!) mas não entende como é que os adultos não percebem isso!! Se uma criança de 6 anos sabe que somos todos iguais, os adultos também não deveriam saber?"


Este foi o mote para a nossa conversa matinal. O G esteve a explicar aos amigos o filme que viu e porque é que ficou triste. Lembramos os nossos lápis " Cor de pele" e a nossa professora falou-nos da história "Meninos de todas as Cores".


Visualizamos esta:


Depois de conversarmos sobre a história, desenhamos meninos com vários tons de pele.






Mas ainda fizemos um exercício de cidadania...A nossa professora inspirou-se numa reportagem que viu há uns anos na televisão e fez-nos uma entrevista. Só fizeram aqueles que quiseram falar...falta a da M, porque ficou estragada.





A M, também foi entrevistada e referiu que gostava mais da boneca branca e que não conhecia nenhuma menina de cor negra. No entanto, brincaria com crianças de cor escura, porque como dizia na história, a cor da pele não importa.
Estas entrevistas colocaram uma questão à nossa professora e levou-a a refletir...Estas entrevistas, estas respostas, não refletem uma má educação destas crianças, porque afinal, perceberam e responderam que são todos iguais, que têm os mesmos direitos. Porém, mesmo que em casa e na escola, os ensinemos da melhor forma, eles seguem o que vêem nas lojas, na televisão, nas histórias,  onde as princesas e os super heróis são todas de pele clara e as pessoas de pele mais escura, são essencialmente "maus", pobres e empregados da construção civil ou de limpeza. Como diz o H "O mundo é assim". Mas, o mundo pode ser mudado e é de pequenino que se torce o pepino...Amanhã iremos falar mais da cor da pele e do racismo!

07/06/2020

Neste dia do ambiente, escolhemos elementos naturais que temos na nossa área do “conhecimento do mundo”, recolhemos outros no exterior e juntamos o barro.


A provocação realizada pela nossa professora estava pensada e cuidadosamente organizada, tendo em conta os nossos interesses e que satisfaça as necessidades de descoberta e de desafio, de forma a criar modos de pensar e a potenciar interações intensas.
Trabalhar o barro…Perceber o bloco com seu volume, o tridimensional, a massa que permite deslizar, as marcas nela produzidas.
Criança com corpo e pensamento em ação. Modelar com as mãos pelo prazer de sentir a matéria e suas texturas, modelar com a intenção de descobrir suas infinitas possibilidades, aliado a outros elementos.





















Como diz Rinaldi (2006) habita-se mundos sensoriais, que se sente e se escuta, quando se fala, se cheira, quando se toca.

Agora a voz da nossa professora: O processo de modelagem propicia à criança maior aplicação das suas potencialidades, respeitando cada fase de seu crescimento psicomotor.
O barro é um elemento natural com muitas possibilidades e oferece atração irresistível, alimenta a fantasia e incentiva o espírito criador. A Manipulação do barro é um meio eficaz no processo de liberdade de cada criança; além de propiciar lazer, ainda liberta os movimentos, desenvolvendo a percepção, importante fator na formação da personalidade.

Continuo a aprender todos os dias sobre como observar, a estar presente sem me impor, a alimentar a curiosidade, e a maravilhar-me com eles.  

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