Triquicibernautas

27/05/2013

A conversa sobre a visita à Quinta dos Pentieiros, fez-nos (re)lembrar o conto "O quintal do Sr. Juvenal", do nosso amigo Hélder Magalhães, e desta vez, procurar com muita atenção as rimas. Este conto é rico em particularidades sonoras/rimas, o que constitui um excelente exercício de consciência fonológica, o que por sua vez, constitui um dos domínios fortes da literacia emergente em educação pré escolar.
A sensibilidade para a descoberta dos sons da língua, é fundamental para a criança perceber e manipular a estrutura fonológica da palavra, e perceber que a palavra é composta por pequenas unidades de sons, a que chamamos fonemas. Desta forma, a criança estabelecerá relações entre a linguagem oral e a impressa, o que é determinante para a aquisição da leitura e da escrita.
Do conto acima referido, e em jeito de jogo de literacia,(descobrindo as rimas) de uma forma lúdica, conseguimos ter um conjunto de experiências e interações com a leitura e a escrita propriamente ditas, conforme podemos verificar pelos registos que deixamos.

És mesmo cabeça de abóbora, virou-se a cabaça para a abobrinha, enquanto o pimento ficava verde de tanta erva daninha

O pepino perdeu o tino e pôs-se a tocar o violino em cima do telhado 

Alto lá com o barulho, decretou a ervilha coberta de gorgulho

Uma zaragata entre uma batata e um tomate

 As cebolas juntaram-se e foi um coro de choro

 A cenoura estremeceu de medo. Pum!,

 A melancia ria, ria, ria.
 Todavia, uma lentilha a mascar pastilha fez um balão, que foi rebentar em cima do melão. 


Como refere Roskos (2004), a ligação da literacia ao jogo é uma das formas mais eficazes de fazer com que as atividades façam sentido e sejam agradáveis de realizar pelas crianças.
Na verdade, como referem Inês Gomes, Nelson Lima Santos (2004), "A literacia emergente não pretende ensinar a ler ou a escrever, nem levar a criança a alcançar os padrões de literacia adulta, pois, para além de desenvolvimentalmente ser inadequado, poderá ser contraproducente e prejudicial para a criança, levando-a a associar a linguagem escrita ao fracasso. Pelo contrário, a literacia emergente enfatiza a aquisição natural de competências, capacidades, conhecimentos e atitudes, incentivando o gosto pelos livros, o interesse pela linguagem escrita e o estabelecimento de interacções positivas entre crianças e adultos."
Inevitálmente começamos o dia a conversar sobre o fim de semana, e sobre a visita de estudo, que realizamos na sexta-feira passada.
Em jeito de avaliação, sobre o dia passado no coração do Minho, decidimos fazer um "brainstorming" em Inglês, ou seja, uma "tempestade de ideias" em Português. Já não é a primeira vez que fazemos isto, e cada criança, diz a primeira palavra que vem à cabeça sobre o assunto, e a professora escreve no caderno ou no quadro. Desta vez, deu nisto:


Wordle: VISITA DE ESTUDO
Houve ainda, quem quisesse passar para o papel, o registo desta visita, tendo como tópico "O que mais gostei" , como por exemplo, estes:

                    Dar de comer às galinhas                   Do jardim das ervas aromáticas

                         Dar de comer às cabras                                 Montar o Pónei

Concluindo ...Foi Fantabulástico!

25/05/2013

O dia acordou carregadinho de sol e boa disposição. Bem cedo, partimos em direção a Ponte de Lima, mais concretamente, em direção à Quinta dos Pentieiros.




 Chegados lá fomos recebidos pela Engenheira Irene, que foi a nossa guia.


A primeira visita do dia, foi aos animais da quinta. Começamos pelos cavalos e póneis.

 Montamos e tratamos  os póneis, o que adoramos.


Depois um passeio de Charrete pela quinta! Outra atividade que nos deixou felicíssimos.




Desfolhar o milho, ou seja, separar o grão de milho do sabugo, foi um sucesso.  A D.Lucinda explicou-nos todo o processo.




 A atividade seguinte, passou pela sementeira da semente do milho. Ai, como adoramos mexer na terra.

Falamos do processo da viagem da sementinha...que sabíamos na ponta da língua. Semente, raiz  caule, folha, flor, fruto, semente...


 Colocamos as nossas sementeiras no espaço reservado para as mesmas.

A Margarida, encontrando um regador ali à "mão de semear", regou as sementeiras. Segunda ela, faltava a água. Como tinha razão. Quem ia fazer isto era a monitora da atividade, mas a Margarida antecipou-se.

Passamos ao jardim das plantas aromáticas, (sempre com a supervisão da Engenheira Irene), e sentimos o aroma destas.


Dar de comer ás cabras, pavões, e galinhas, foi um encanto!


Adoramos fazer miminhos aos burros.

 O lago, também nos encantou!

A aventura no meio rural tinha terminado... estávamos com fome. Era tempo de "picniquar" , ainda dentro da quinta.

 E no fim , brincar...brincar!!!

 Tirar uma fotografia bem juntinhos (somos 25) a "dizer" que tinha sido uma manhã muito fixe.

De regresso ao autocarro, partimos para Viana do Castelo.  Nós e a Turma D, fomos primeiro ao Museu Municipal. O Ricardo, guia do Museu explicou-nos o que íamos ver. E vocês conseguem ver o Mosteiro de Santa Luzia ao fundo desta foto?
O edifício do Museu, foi em tempos um palácio. Visitamos o quarto, os salões, a capela interior.

Agradecemos ao Ricardo por nos ter guiado, e partimos para a Praça da República, para o Museu do Traje.
Aqui, tivemos como guia, o Nuno. Levou-nos a ver a riqueza etnográfica dos trajes tradicionais de Viana, e a exposição permanente "A Lã e o linho no Traje do Alto Minho".  A Gabriela, ficou imediatamente amiga do Nuno, e fez-se ao "colinho".


Depois, disse-nos que tinham um segredo para nos contar...Não podíamos contar a ninguém. Mas nós não gostamos de guardar segredos, e vamos contar. O Nuno levou-nos de elevador (todos...foi uma festa) até...


À sala do ouro.
Vimos como se abria o cofre, e entramos. Lá dentro estava um enorme tesouro. Ouro...muito ouro. "Ouro dos piratas, perguntou o Miguel?". Não. São peças doadas pelo ourives Vianense Manuel Freitas ao museu.


Agradecemos ao Nuno, toda a simpatia que teve connosco, e ainda tivemos tempo de observar por fora o navio Gil Eanes..."Que grande é".


De regresso a casa, depois de um dia delicioso no coração do Minho, cheio de novas aprendizagens, brincadeira  e felicidade, só poderia terminar assim...



 Inesquecível!

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