Ontem ao final do dia, ao ouvirmos uma música que gostamos muito ... "Perfect Symphon", com Ed Sheeran e Andrea Bocelli. Costumamos ouvi-la e sabemos que Bocelli é cego. Mas, desta vez o FF levantou várias questões sobre a cegueira,como por ex: "Como é que os cegos veem e como é que eles não vão contra as paredes.
Ficou em dário de grupo que hoje iríamos falar sobre este assunto.
Ficou em dário de grupo que hoje iríamos falar sobre este assunto.
Então, a nossa professora trouxe-nos o "Livro Negro das Cores" de Menena Cottin e Rosana Faria. Este livro conta-nos a forma como o Tomás, um menino invisual, "vê as cores" e o mundo que o rodeia. A história está escrita em braille e as ilustrações têm relevo, para que todas as pessoas o possam ler e sentir.
Ouvimos a história e sentimos o livro (enquanto a história era contada) pelas texturas e pela linguagem dos cegos...O Braille.
A conversa girou em torno das limitações físicas e sobre as capacidades aguçadas que quem possui esta limitação, acaba desenvolvendo.
Neste caso o "preto é o rei de todas as cores. É macio como a seda do cabelo da mãe, quando ela nos abraça." Mas, como disse o MA, "Os cegos pensam as cores na cabeça deles e formam o arco íris. " Nada como nos colocarmos na pele deles e tentar pintar as cores...Senti-las nas pontas dos dedos.
Isto afinal, não é nada fácil... Até houve quem tentasse fazer batota, mas lá se consegui pinturas "Arco-Iris".
E jogar à cabra-cega? Quem não se lembra? Pois, parece que também é difícil...
E atirar a bola de olhos vendados...Pois, parece que também complicado, mas conseguimos.
E tentarmos ler como os invisuais...Aqui, temos muito para aprender.
Além de falarmos dos 5 sentidos e de como estes podem ser mais ou menos ativados em determinadas situações , o mais importante foi percebermos que há pessoas que mesmo sendo cegas, podem ver o mundo de outra forma e que com esta atividade, nos aproximamos, ao menos um pouquinho, dessas pessoas que se relacionam com o mundo da leitura (e não só) de maneira bem diferente da nossa.
"A história que hoje abordamos é mágica, e o Bocelli é um grande artista" (MA) :
A subtileza deste livro demonstra a beleza da percepção do mundo através dos nossos sentidos e na sua complementaridade. Convidando-nos a refletir sobre como será aquilo que nos rodeia para quem não vê, esta grande obra obriga-nos a reformular o mundo através dos seus cheiros, sabores, texturas, sons; a recriar, de forma imaginativa, as coisas que nos envolvem. Um livro que nos lembra que há sempre mais para além do que vemos, um livro para redescobrir a riqueza sensorial do nosso corpo e determo-nos na beleza oferecida por essa sensibilidade. Exceptuando o texto, todo o livro é negro. No entanto, as ilustrações em alto relevo e o texto em braille, permitem experimentar as texturas e jogar
com as descrições poéticas das cores. (Fonte: Bruaá)
0 comentários:
Enviar um comentário