Triquicibernautas

07/11/2018

Ontem ao final do dia,  ao ouvirmos uma música que gostamos muito ... "Perfect Symphon", com Ed Sheeran e Andrea Bocelli. Costumamos ouvi-la e sabemos que Bocelli é cego. Mas, desta vez o FF levantou várias questões sobre a cegueira,como por ex: "Como é que os cegos veem e como é que eles não vão contra as paredes.
Ficou em dário de grupo que hoje iríamos falar sobre este assunto. 



Então, a nossa professora trouxe-nos o "Livro Negro das Cores" de Menena Cottin e Rosana Faria. Este livro conta-nos a forma como o Tomás, um menino invisual, "vê as cores" e o mundo que o rodeia. A história está escrita em braille e as ilustrações têm relevo, para que todas as pessoas o possam ler e sentir.
Ouvimos a história e sentimos o livro (enquanto a história era contada) pelas texturas e pela linguagem dos cegos...O Braille.






A conversa girou em torno das limitações físicas e sobre as capacidades aguçadas  que quem  possui esta limitação, acaba desenvolvendo. 
Neste caso o "preto é o rei de todas as cores. É macio como a seda do cabelo da mãe, quando ela nos abraça." Mas, como disse o MA, "Os cegos pensam as cores na cabeça deles e formam o arco íris. " Nada como nos colocarmos na pele deles e tentar pintar as cores...Senti-las nas pontas dos dedos.



Isto afinal, não é nada fácil... Até houve quem tentasse fazer batota, mas lá se consegui pinturas "Arco-Iris".




E jogar à cabra-cega? Quem não se lembra? Pois, parece que também é difícil...






E atirar a bola de olhos vendados...Pois, parece que também complicado, mas conseguimos. 

  

E tentarmos ler como os invisuais...Aqui, temos muito para aprender.




Além de falarmos dos 5 sentidos e de como estes podem ser mais ou menos ativados em determinadas situações , o mais importante foi percebermos que há pessoas que mesmo sendo cegas, podem ver o mundo de outra forma e que com esta atividade, nos aproximamos, ao menos um pouquinho, dessas pessoas que se relacionam com o mundo da leitura (e não só) de maneira bem diferente da nossa. 
"A história que hoje abordamos é mágica, e o Bocelli é um grande artista" (MA) :

A subtileza deste livro demonstra a beleza da percepção do mundo através dos nossos sentidos e na sua complementaridade. Convidando-nos a refletir sobre como será aquilo que nos rodeia para quem não vê, esta grande obra obriga-nos a reformular o mundo através dos seus cheiros, sabores, texturas, sons; a recriar, de forma imaginativa, as coisas que nos envolvem. Um livro que nos lembra que há sempre mais para além do que vemos, um livro para redescobrir a riqueza sensorial do nosso corpo e determo-nos na beleza oferecida por essa sensibilidade. Exceptuando o texto, todo o livro é negro. No entanto, as ilustrações em alto relevo e o texto em braille, permitem experimentar as texturas e jogar 
com as descrições poéticas das cores. (Fonte: Bruaá)

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