Ontem, o Gabriel dizia que o outono
estava a chegar. Segundo o calendário das “estações do ano”, é mesmo assim. Só
que em países de clima temperado como o nosso, os dias ainda continuam durante
muito tempo com céu azul, muito sol, as noites são um pouco mais frias, mas
ainda andamos de manga curta, etc, e isto faz-nos ainda um pouco de confusão.
Mas, a Isabel também nos disse que as
árvores vão começar a mudar de cor, aliás, já não há só folhas verdes, já há
algumas amarelas. A Helena referiu que as cores das folhas das árvores também
vão ficar vermelhas, laranja e castanhas.
A nossa professora disse-nos que
realmente o OUTONO é uma estação especial, e que ela adora. Também nos disse
que no país da "Princesa Hakuiky" (Japão) as pessoas costumam ir “caçar as cores
do outono”, ou seja, vão passear ao ar livre para ver a beleza das cores do
Outono.
Assim que as nossas árvores estiverem
assim, em “explosão de cores de outono”, nós iremos fazer uma visita ao nosso
parque das termas, que é bem bonito.
Então, depois de toda esta conversa, a
nossa professora contou-nos a história “As cores do Outono”
"A
pintora Rosa Ratinha pintava quase todos os seus quadros no estúdio. Só no
Outono é que saía para pintar ao ar livre. O Outono era a estação preferida de
Rosa. Havia tantos matizes surpreendentes na paisagem! Certa vez, num belo dia
de Outono, a pintora embalou tela, cavalete e tintas, e foi passear para junto
de um tranquilo lago não longe de casa. Conhecia um lugar bonito e plano em
cima de uma rocha, de onde tinha vista para os bosques e montanhas ao fundo. Aí
montou o cavalete com a tela e começou a pintar com pinceladas generosas. Na
árvore oca que estava por detrás dela, morava um gnomo da montanha que a
observava enquanto pintava. — Isto é que é um quadro esquisito! — disse ele,
quando Rosa acabou de pintar. — Nem se vê o lago nem as montanhas. Como se
chama este quadro? — O quadro chama-se As cores do Outono — disse Rosa Ratinha.
— Não se vê o lago nem as montanhas, é verdade. Só pintei o Outono, aquilo que
sinto quando olho para esta paisagem. — Ah, agora entendo — disse o gnomo. — É
muito interessante. De repente, levantou-se um vento forte que arrancou a tela
do cavalete. Ela foi pelos ares a voar e desapareceu por entre as árvores na
margem do lago. Rosa Ratinha desceu a montanha e foi buscar o quadro. Tinha
dois rasgões e havia muitas folhas, agulhas de pinheiro e pedrinhas coladas na
tinta fresca. — Que pena! — disse o gnomo da montanha. — O quadro agora está
estragado. — De forma alguma! — exclamou Rosa Ratinha. — Agora é que está
completo! O vento do Outono também participou na pintura e ficará para sempre
no quadro com estes dois rasgões! E as folhas que estão coladas também são
bem-vindas. Agora é que o quadro tem uma história! E só agora é que começou a
viver!"
Depois disto, decidimos também nós fazer
o nosso quadro “As cores do Outono”, mas não nos ficamos pela área da pintura…Sabem
porquê? É o que o nosso T2 também tem um “laboratório de ciências”, e isto
era uma boa forma de nos “apropriarmos de mais um espaço”. Vamos aliar a
pintura à experiência.
Munimo-nos das tintas, salpicamos o
papel de cenário…
Mas precisávamos de “vento” para fazer a
“explosão” das cores do outono. E como fazer? O Afonso Sousa sugeriu a
ventoinha, mas decidimos antes experimentar o secador de cabelo.
E a explosão aconteceu… Cá estão as
nossas telas “As cores do Outono”!
E assim, tal como referíamos no inicio
desta semana, o ambiente onde nos movemos ganha significado, pela maneira como
realizamos experiências de aprendizagem, de forma a um suporte estrutural de
atividades, com significado marcante para o nosso quotidiano!
Nota para os pais: É natural que não
vejam aqui todas as crianças, mas só participaram da atividade, aqueles que
quiseram!
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