“Vivemos
com o que recebemos, mas marcamos com o que damos” (Winston
Churchill)
Ontem ao final do dia estava com o
coração apertadinho e a lágrima ao canto do olho (sou uma chorona).
A semana tem sido complicada…muito
trabalho, o internamento urgente do meu pai, as saudades que começam a aflorar
do grupo de 11 crianças (fantásticas) que comigo estiveram dois/ três anos e
que agora partem para outras paragens.
Agora, passadas 24 horas, o meu coração
continua angustiado, mas bem mais sereno. A sensação/certeza do dever cumprido
e a alegria que via estampada ontem na cara das minhas crianças e pais,
fazem-me pensar que valeu a pena todo o meu esforço e dedicação.
Valeu a pena, as horas passadas a
desencaixotar emoções; a recuperar sentidos; a adoçar corações; a encorajar voos.
Como diz Ruben Alves “Eu quero
desaprender para aprender de novo. Raspar as tintas com que me pintaram.”
Valeu a pena as horas que passei nesta
casa/blogue “Triquiteiros de S. João”
para que todos e principalmente os pais, pudessem entrar diariamente na segunda
casa dos seus filhos, e perceberem que esta é uma escola cheia de afetos, com
referências ao mundo atual que vivem, e como tal, não é uma escola seca da vida,
e assim, ficarem com a certeza de que os filhos estão “bem entregues”.
Valeu a pena, pela relação escola-família
pelos momentos de encanto e ternura que vivemos em conjunto.
Valeu a pena, pelos amigos que fizemos
ao longo desta caminhada, com “estórias de afetos”.
Valeu a pena, porque tenho a certeza que
estas 11 crianças levam de mim, o melhor que lhes soube
dar diariamente…o carinho e a amizade ao longo desta caminhada. Porque
convivendo com elas diariamente, amando –as e tentando ensina-las a viver, a dar-lhes razão para viver, sinto e
tenho certeza que dei o melhor que um educador pode dar às suas crianças. “Educar é um exercício de imortalidade.
De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o
mundo pela magia da nossa palavra. O professor, assim, não morre jamais...” Esta é
a minha grande responsabilidade. Resta-me desejar que na nova viagem que vai
começar saibam colocar em prática os “ensinamentos” desta vossa amiga. E, por
favor, nunca se esqueçam de me lembrar… nunca se lembrem de me esquecer…! Eu guardar-vos-ei
sempre no meu coração…e no coração que me ofereceram.
Até sempre!
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