Triquicibernautas

03/05/2012

Uma das histórias que trabalhamos nos últimos dias chama-se "Grávida no Coração" e, é um diálogo cheio de amor e ternura entre uma mãe e o seu filho, sobre isso de se estar "grávida no coração".... e é uma excelente forma de trabalhar a formação pessoal e social.
A temática da adopção é aqui abordada de um modo que vai directo ao coraçãozinho de todos!
Depois de ouvida a história, houve lugar para um momento de reflexão e de  debate sobre a mensagem apresentada, seguido de um espaço de expressão plástica.


A história reza assim:


"- Mãe, gostas de mim?
- Gosto de ti até ao céu, meu filho…

- Mãe, se eu tivesse estado na tua barriga, gostavas mais de mim?
- Não, meu filho, porque haveria de gostar? Tu estiveste dentro de mim,
no meu pensamento e no meu coração… O meu desejo de te ter, de te
pegar, de ver o teu rosto era tão grande como uma barriga de grávida.

- Mãe, então tu dizes que gostas tanto de mim, que sou teu filho adoptivo,
como do meu irmão, que é teu filho biológico?!
- Claro que sim! Quando estava à espera do teu irmão, sentia-me feliz
porque ia ter um filho, não porque a minha barriga estava a crescer.
Há muitas maneiras de ter filhos: na barriga, no coração…

- Mãe, grávida no coração??? O coração não tem filhos!!!
- Tem filhos sim! E foi lá que tu nasceste, é lá que estás a crescer 
e onde vais ficar! Para qualquer lado aonde vá, 
levo-te sempre no meu coração.

- Ah! Então é mais importante ter amor de uma mãe
do que nascer da sua barriga?!
- Claro, meu filho! Mãe é aquela que chora quando estás doente,
que te pega ao colo mesmo quando lhe doem as costas e que
te dá o beijo de boa noite… O pai não engravida, no entanto,
ama os filhos desde o primeiro momento e para sempre!

- Pai, mas eu não sou parecido contigo!
- És parecido comigo, sim! Tens o meu nome e és um bocadinho
daquilo que eu sou, daquilo que eu gosto, daquilo em que acredito
e que respeito. Até falas como eu!

- Pai, e os genes?
- Se um dia quiseres ser músico, atleta ou escultor; 
Cantaremos juntos, faremos corridas na praia com os teus irmãos
e até encheremos a casa com barro. Tu não precisas saber quais os teus
genes. Precisamos é de estar juntos para os descobrir…

- Mãe, e a minha história?
- A tua história és tu quem vai fazer. A tua história somos nós…
tu, eu e o teu pai, os teus irmãos, avós, tios, primos; todos os
que estão aqui ao teu lado, orgulhosos, a ver-te crescer lindo
e feliz!

- Mãe, porque me adoptaste?
- Porque queria ser mãe! 

- ENTÃO, ÉS TU A MINHA VERDADEIRA MÃE!!!"

A história é de Paula Pinto da Silva e as ilustrações de Gémeo Luís.



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