A avaliação na Educação Pré-Escolar
assume uma dimensão marcadamente formativa, como referem as OCEPE e tal como é
referido na Circular nº4 DGDIC/DSDC/2011, desenvolvendo-se num processo
contínuo e interpretativo que procura tornar a criança protagonista da sua
aprendizagem, de modo a que vá tomando consciência do que já conseguiu, das
dificuldades que vai tendo e como as vai ultrapassando.
Por aqui, avaliamos todos os dias quer
nos instrumentos de pilotagem existentes na sala, como por exemplo no
"Diário de Grupo" e outros, ou quando avaliamos o nosso
comportamento, ou quando a nossa professora "documenta" as nossas
aprendizagens através de fotografias ou de gravações, e até mesmo nas
narrativas e entrevistas, que são incluídas no nosso portefólio.
Para o portefólio vamos escolhendo
quinzenalmente, as evidências do caminho que vamos percorrendo na nossa
aprendizagem para colocar no nosso portefólio (estas escolhas são nossas ou da
professora).
A forma como se selecionam as
evidências, permite-nos a nós e à professora, aprender mais sobre o processo de
aprendizagem. Desta forma, "Ao implicar as crianças na escolha e reflexão
de evidências para colocar no portefólio (Grubb e Courtney, 1996, cit. Parente,
2004), está a dar-se um sentido de valor acrescido à participação da criança na
sua aprendizagem, e a encorajar a autoanálise quando refletem sobre o que foi
feito."...
Estamos no final do 2º período e por
isso, andamos nos últimos dias às voltas com a nossa autoavaliação. Desta vez,
foi feita através de entrevista.
As respostas a esta "conversa"
mostra que somos capazes de refletir, fazer a autoanálise, e segundo a nossa
professora, isto favorece os processos de metacognição, já que nos envolvemos
com a nossa "própria história pessoal de aprendizagem", (Parente,
2004,p.61). No final da entrevista assinamos a folha de
autoavaliação.
Consideramos que a autoavaliação,
fornece estratégias de autorregulação da aprendizagem. "Desta forma, a
criança ao avaliar conjuntamente com o educador, (dando voz, à pedagogia das
relações e da escuta) regula a sua própria aprendizagem, já que adquire novos
conhecimentos e competências" (Alves, R.M., 2012). Revelando um crescente
desenvolvimento de reflexão e autoanálise, o que favorece os nossos processos
de metacognição, já que nos envolvemos com a nossa “Própria história pessoal de
aprendizagem.” (Parente, 2004, p.61).
Deixamos aqui um vídeo, com uma pequena
amostra (porque há muitas mais) da escolha de “produções” a colocar no
portefólio e da auto avaliação.
As nossas famílias terão acesso a toda
esta informação, na nossa reunião de avaliação, no próximo dia 23 de março, pelas
17 horas e como de costume levarão os
portefólios para casa, para poderem analisar e refletir com calma.
Para terminar este assunto, uma citação
da nossa professora, que "explica" tudo o que acabamos de mostrar
aqui:
"Tendo como base a pedagogia da
escuta, porque é preciso escutar as crianças…As suas dúvidas, as suas
respostas, os seus silêncios. Porque a escuta vai ajudar as crianças a crescer
em sabedoria e sensatez e a desenvolver todo o potencial possível. Escutar para
compreender os bloqueamentos e ajustar os desafios. Escutar para compreender.
Compreender para ensaiar novos processos."
2 comentários:
Gostei de ver como te preocupas em dar voz aos alunos neste processo de avaliação. São estes exemplos que dignificam a nossa profissão. Estou ansiosa por te ouvir no dia 9 de Abril. Quero aprender mais contigo. Beijinhos
Obrigada Maria Antónia. A documentação é essencial. Até dia 9. Beijinhos
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