Das asas do Arco-Íris para o "Livro negro das Cores". Tudo, porque hoje se celebra o "Dia Internacional das pessoas com deficiência".
Um livro que demonstra a beleza da preparação do mundo através dos sentidos, e sendo assim, a riqueza sensorial, e nos "educa" através da sensibilidade.
Pelas mãos do Tomás (personagem principal da história, que é cego), ficamos a conhecer o mundo através dos cheiros, sabores, texturas e sons.
O livro é todo negro, com as ilustrações em relevo e o texto em braille, permite-nos experimentar (ao passar os dedos),uma sensação especial e única, um olhar simples e profundo sobre o que nos rodeia. O negro está estampado nas páginas, mas as cores estão lá.
À medida que a professora ia contando a história, nós íamos passando "os dedos", e sentindo as cores, e os cheiros do Tomás.
(Re)lemos uma, duas vezes a história... "É tão bonita" (Lara Maria), e começamos a pintar numa folha branca listas das cores que o Tomás ia identificando na sua viagem pelas cores.
No final da história, as cores foram cobertas com lápis de cera preto, e posteriormente com tinta preta.
Mais tarde, quando a tinta preta estava seca, desenhou-se por cima, com o "pico da picotagem", e surpresa das surpresas...as cores estavam lá, tal e qual como o Tomás as "viu e sentiu".
E não é que na "descoberta" da Lara Maria até surge a "Avicella"? Segundo ela, a "Avicella", também faz parte do nosso Natal...Ela lá sabe!!!
Ainda para sentirmos como é difícil, colocarmo-nos no papel de alguém cego, fizemos um jogo com os olhos vendados e tentamos através do tacto e do cheiro, descobrir qual o amigo ou amiga que encontrávamos pelo caminho.
Não foi nada fácil. A grande maioria de nós, queria tirar a venda para ver quem estava na nossa frente..Descobrimos deste modo, que ser invisual torna as coisas bem mais difíceis
1 comentários:
Um assunto de toda a importância, como sempre muito bem abordado.
Só mesmo experimentando com os sentidos os mais pequenos se podem aperceber da dificuldade que muitos têm em fazer tudo o que para nós é fácil... e tomarem consciência da sorte que têm!
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