A Educação pública tem, entre outras, uma
função social particularmente importante e desde sempre reconhecida: a de
permitir a mobilidade social e a formação integral de todos os jovens em
circunstâncias o mais possível equivalentes, com os mesmos recursos, as mesmas
exigências e as mesmas oportunidades. Por outro lado, a escola pública recebe
crianças e adolescentes de todas as classes sociais.
Deve-se por isso, assegurar de todas as
formas que ninguém fique fora da aprendizagem e da avaliação por fatores económicos
e familiares. É absolutamente necessário garantir que as desigualdades sociais
não serão acentuadas com esta pandemia.
Este é sem dúvida o retrato de Portugal
com assimetrias em todos os níveis, no que toca às aulas via net, ou seja, não
presenciais. Por aqui, esta turma foge na sua maioria ao que se passa pelo país
fora. Todos têm internet, computador, tablet ou telemóvel, todos têm email e
todos têm o pai ou a mãe em casa. Mas, mesmo assim. nenhuma criança será
excluída no acompanhamento ao que se “faz lá por casa”, nestas semanas tão
peculiares.
Como diz o documento do ME, “Apoio às
escolas para o Pré-Escolar” – “É muito importante que os pais/encarregados de
educação assegurem rotinas diárias às crianças que, além de contribuir para o
seu bem-estar, criam oportunidades de aprendizagem, dando assim continuidade às
aprendizagens realizadas no jardim de infância. Tanto quanto possível, mantenha
as rotinas e os horários habituais ou ajude a criar novas rotinas no novo
ambiente, incluindo momentos de aprendizagem e tempo para brincar e relaxar em
segurança.” Pensando neste parágrafo e também de acordo com o que fazemos na
sala de atividades, mantive as rotinas da manhã e da hora de almoço, dando
especial ênfase à escovagem dos dentes e à sesta.
Depois e porque “Brincar é uma atividade
natural e espontânea da criança” e ao brincar as crianças estão a aprender, por
isso é importante que sejam proporcionadas experiências interessantes e
desafiadoras em que a criança brinca umas vezes sozinha, outras em conjunto com
a família ou com outras crianças, destaco o que ontem o Envolve-te referiu “falemos
da importância de brincar, de fazer coisas juntos mas também da autonomia das
crianças, da participação nas tarefas domésticas, da oportunidade para experimentar
novas receitas, dos elementos naturais que entram em casa e dos objetos que lá
existem, como são, para que servem e poderão servir, dos livros que há lá em
casa, das histórias que os mais velhos contavam e contam, de estarmos tristes e
contentes e de como é importante ouvir o que as crianças têm para nos dizer.”
Daí a segunda parte da planificação onde
está incluído o brincar. Mas, o mais importante é continuar a mantermo-nos em
contacto, por isso, as aulas síncronas, que no nosso caso, passa por um
“encontro virtual” todas as semanas, como aliás já o fizemos hoje, para testar
e perceber que estivemos a intensificar afetos.
Vamos continuar (como sempre o fazemos) a
ser protagonistas da nossa aprendizagem… e ACREDITEMOS QUE VAI FICAR TUDO BEM.
Até amanhã ás 10.15h com mais uma história,
PARA CASA “A Casa da Mosca Fosca”. Até lá!
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