A nossa porta respira Primavera!

Assim que regressamos de interrupção letiva do Carnaval, numa das muitas conversas que tivemos sobre o tempo quente e primaveril que se fazia sentir, a Margarida deu a ideia de "mudar a decoração" da nossa porta de entrada, pois esta estava muito "invernil".

Em decisão de grande grupo ficou acordado que iríamos decorar a porta com flores, para lembrar a Primavera,que ultimamente teima em não aparecer. Parece que"espreitou durante uns dias, e agora está envergonhada. "

Assim, nos últimos dias, entre os muitos afazeres desta época, enchemos a nossa árvore da porta, com mãos/flores de várias cores.

Entre a autonomia e responsabilidade no pintar a sós ou a pares, as"cócegas"também fizeram parte da nossa atividade, atividade essa que nos deixou bem felizes.

No centro das nossas mãos colocamos a nossa fotografia.

Estamos muito felizes com o resultado. E vocês o que acham?

Na sala respira-se primavera, agora só falta a PRIMAVERA responder a este nosso apelo!

A planta respira? Observação e conclusão!

Lembram-se de na semana passada, quando fazíamos observações sobre a fotossíntese, termos levantado a questão “Se as plantas não têm nariz, como é que respiram?” 

E de termos falado sobre o ar que nós respiramos, e como é que sentimos que estamos a respirar? De termos dito o seguinte:

- Porque estamos vivos. Temos oxigénio.

- Porque o coração bate.

- No carro, os vidros ficam embaciados.

- No espelho da casa de banho também fica embaciado quando tomamos banho. Isso é por causa do ar que respiramos e da água quente do banho. Isto é porque estamos vivos.

- As plantas também precisam do ar.

Lembram-se de termos depois desta conversa, iniciado uma experiência?

Pois é…colocamos parte de uma planta dentro de um saco plástico.

Deixamos ficar uns dias, e fomos observando o que é que ia acontecendo.  

Chegamos à conclusão de que o saco foi ficando com gotinhas de água, sinal de que houve respiração, tal “como nós quando tomamos banho e o espelho embacia, o saco também embaciou.”

E desta forma vivenciamos um fenómeno natural, como refere a Brochura da DGDIC " Despertar para as Ciências" (2009), é durante as observações que a criança "realiza nas acções que desenvolve, acompanhada ou autonomamente, que começa a formar as suas próprias ideias sobre os fenómenos que a rodeiam, sejam eles naturais ou induzidos."

Árvores da Vida à Klimt!

Lembram-se da conversa que tivemos sobre as as árvores e a primavera? Nós relembramos um pouco...

"No inverno tudo está despido, na primavera tudo volta a nascer...parece o nascimento dos bebés. Andam nove meses na barriga das mães e depois nascem. Ficam com vida." (Margarida)

"As árvores e a natureza são como as mães...dão vida." (João)

"Os bebés são vida...então são primavera." (Ana)

"As árvores são a vida." (Maria)

Então a nossa professora levou-nos a conhecer a "Árvore da Vida" de Gustav Klimt. 

E quem é Gustav Klimt?

Gustav Klimt (1862-1918) era um pintor austríaco. Começou a sua carreira como decorador, e posteriormente tornou-se pintor, tendo sido um dos membros mais proeminentes do movimento Vienna Art Nouveau. A sua obra mais famosa é “The Kiss” (O Beijo) que nós também visualizamos.

Mas desta vez, debruçamo-nos sobre o seu quadro abstrato “Árvore da vida”, que foi explorado de uma forma divertida, e com uma forte envolvência da nossa parte.

Além de conversarmos sobre a pintura acima mencionada, visualizamos esta imagem, que encontramos na internet

Inspirados por esta imagem e pela pintura do Klimt, desenhamos em papel de cenário três árvores. Primeiro o tronco, depois adicionamos ramos grossos ou finos cheios de curvas para a direita e para a esquerda.

E mais ramos com curvas de ambos os lados. Desenhamos ainda a linha da terra como se estivesse atrás da árvore, com desenhos que se assemelham a formas geométricas dentro da árvore e no chão.

Adicionamos também pequenos ramos curvos onde o espaço permitiu, e acrescentamos folhas pequenas em forma de triângulo, e formas de cogumelos, tudo isto de forma abstrata como Klimt o fez

Colorimos como entendemos, mas com a ideia de que se eram Árvores da Vida, então tinham que ser alegres e cheias de cor.

De forma coletiva e colaborativa (pois participamos quase todos), construímos o nosso painel da primavera, que agora está à entrada da nossa sala, mas que só estará concluído quando levarmos a cabo a atividade do dia da mãe.

Estamos desta forma (entre outras) a contribuir para o nosso conhecimento cultural e artístico, promovendo o "(...) contacto com a obra e o seu criador, criando oportunidades e ambientes de vivência criativa e de experiência estética." (Brochura "As Artes no Jardim de Infância" - DGDIC- 2010)

"Sarra-se a Velha" pela Gabriela!

Hoje, quarta-feira dia 26 de Março comemora-se a Sarra-se a Velha. Esta é uma tradição pagã que vem de há muito tempo, sendo uma das tradições mais antigas de Vizela. É sempre realizada numa quarta-feira da Quaresma e "Serram-se aquelas mulheres de idade relativamente avançadas e solteiras, e atribuem-se-lhes os dotes".

Caldas de Vizela está dividida em duas freguesias: S.Miguel e S. João. A tradição da "Sarra-se a Velha" é mais notória em S. Miguel, mas embora a nossa escola esteja inserida em S. João, há amigos nossos que vivem em S. Miguel, ou estão ligados por laços familiares a essa freguesia, e que "vivem" intensamente esta tradição. É o que acontece com a família da Gabriela.

Esta nossa amiga construiu em casa uma "Velha" com a mãe, que irá ser queimada hoje à noite, na praça da República. Mas, antes de isso acontecer, a Gabriela decidiu partilhar connosco o trabalho realizado em casa, e ao mesmo tempo, permitiu que a conversa da manhã, ao redor da mesa grande, versasse sobre esta tradição, o que foi bastante rico e formativo.

Então, e como explica a Gabriela, hoje à noite, queimam-se as velhas numa grande fogueira, e os rapazes juntam-se em grupos, e por volta da meia noite começa a grande algazarra.

"Estamos no meio da Quaresma

já a páscoa vai chegando

uns dizem serra-se a velha

os outros a velha seja serrada"

Experienciando com as plantas!

Como já tínhamos referido ontem, andamos a conversar e a assimilar novos conhecimentos, mais concretamente sobre as plantas e as árvores.

Hoje falamos sobre o processo da FOTOSSÍNTESE, que de uma forma muito simples, pode ser dito desta forma: As plantas necessitam de água, do ar (dióxido de carbono) e da luz. Estes três elementos, produzem juntos a glicose, um açúcar muito importante, e que vai dar a energia que a planta necessita para viver.

Então visualizamos este pequeno vídeo e tentamos perceber pelas imagens, como é que tudo isto se processa.

As conversas giraram em torno deste processo, e uma das questões levantadas por nós foi: Então a planta se não tiver luz, ou se tiver pouca luz, não faz a fotossíntese?

Então decidimos pegar numa planta pequena, e colocar num lugar com muita luz, mas tapada por uma caixa, com um pequeno buraco no meio.

Daqui a uma semana, vamos ver o que aconteceu à planta! Embora, haja já uma possível explicação para o que vai acontecer: A planta vai morrer! Aguardamos para fazer as devidas conclusões.

Outra das questões levantada nestas conversas foi a de: Se as plantas não têm nariz, como é que respiram,? A nossa professora propôs fazermos mais uma experiência. Primeiro falamos sobre o ar que nós respiramos, e como é que sentimos que estamos a respirar.

- Porque estamos vivos. Temos oxigénio.

- Porque o coração bate.

- No carro, os vidros ficam embaciados.

- No espelho da casa de banho também fica embaciado quando tomamos banho. Isso é por causa do ar que respiramos e da água quente do banho. Isto é porque estamos vivos.

- As plantas também  precisam do ar.

Então voltamos ao vídeo inicial da FOTOSSÍNTESE, e visualizamos que tal como nós as plantas respiram quer de dia, quer de noite, através do AR.

Mas para percebermos melhor, vamos agora à experiência:

Colocamos uma parte desta planta dentro de um saco plástico. Daqui a uns dias vamos verificar se no saco se formaram ou não gotinhas de água. Se tal tiver acontecido, é sinal de que houve respiração, e "tal como nós quando tomamos banho, o saco vai ficar embaciado". Esta é uma das hipóteses já levantadas por nós, mas vamos aguardar pela conclusão desta experiência para tiramos as devidas conclusões, pois, tal como diz na Brochura da DGDIC " Despertar para as Ciências" (2009), é durante as observações que a criança "realiza nas acções que desenvolve, acompanhada ou autonomamente, que começa a formar as suas próprias ideias sobre os fenómenos que a rodeiam, sejam eles naturais ou induzidos."

Plantas = Sol, Ar e Água!

Hoje continuamos a falar das plantas e das árvores, e do quanto elas são importantes. Lembramos  que as plantas são seres vivos e que têm tamanhos diferentes, como por ex: os arbustos e as árvores. Que cada uma das partes da planta tem uma função:

Raiz -  fixar a planta à terra e absorver a água;

Caule - suportar as folhas, as flores e os frutos e levar o alimento a toda a planta;

Folha - produzir oxigénio para respirar e transpirar;

Flor - reproduzir; 

Fruto - dar origem a nova planta.

Falamos também sobre a necessidade de água, sol, luz, calor, para a planta crescer e viver. A água é essencial para a sobrevivência das plantas, pois leva nutrientes para a planta comer; O ar é fundamental à vida das plantas; Todas as plantas precisam de luz solar para sobreviver. Elas absorvem a luz solar e convertem-na em energia; O sol dá a vitamina D ás plantas.

Então, decidimos registar estes novos conhecimentos em "produções 3D". Em cartão desenhamos a nossa planta, o sol e a nuvem com  água da chuva. Depois, como o cartão era muito duro para cortar, decidimos usar a picotagem.

 De seguida pintamos ao gosto de cada um.

Quando os nossos elementos ficaram  secos, colamos numa folha... Não esquecemos de colocar a raiz na terra!

 E legendamos.

Amanhã  voltaremos a falar deste assunto e vamos aprender uma palavra nova - FOTOSSÍNTESE. Nada mais, nada menos, do que aquilo que estivemos a falar hoje. Ou seja, de uma forma muito simples, de acordo com a nossa idade, podemos dizer que:

Sol + Ar+ Água do solo = Energia . A este processo chama-se FOTOSSÍNTESE