Triquicibernautas

30/01/2014

Lembram-se da nossa porta natalícia, construída em parceria com as nossas famílias? Pois...o natal passou, e tivemos que desmontar, este cenário tão bonito.
Só que ficamos com vontade de manter o cenário que tínhamos pintado. Podia ser que uma ideia surgisse para embelezarmos novamente a nossa entrada.
Esta semana, ao ouvirmos e visualizarmos a história do Pré-Histórias, aqui - http://historiasparapre.blogspot.pt/2014/01/brincadeiras-de-bonecos-de-neve.html, decidimos responder ao desafio lançado pela história só para o boneco de neve "não se derreter em lágrimas", e inventar outras brincadeiras de bonecos de neve com matemática, aliando ainda, esta brincadeira a kandinsky e às cores do inverno.
Então, pensamos em (re)construir o cenário, e pintamos uma grande árvore de inverno...só tronco e ramos. Foi difícil chegar lá ao cimo, mas conseguimos. Há quem já esteja muito crescido.
Depois, construímos o nosso boneco de neve, com círculos com as cores do inverno, que já tínhamos escolhido aquando da pintura dos círculos concêntricos de inverno, desenhamos, cortamos, picotamos. 

Decoramos a cara do boneco de neve ao gosto de cada um.

Contamos quantos círculos precisávamos para o nosso nome, ou seja, correspondemos as letras do nosso nome aos círculos do boneco de neve.

E escrevemos todos o nosso nome. Até os mais pequenos (3 anos), já o fizeram.
Depois de prontos, colocamos na árvore do inverno.

A nossa porta, agora "A porta dos nomes", está quase concluída. Faltam apenas três bonecos de neve, que são dos Triquiteiros ainda doentes. Digam lá se não ficou lindo? Mas aqui o mais importante, foram os processos que levaram a este produto final, ou seja, os conhecimentos a nível linguístico e matemático, com a divisão do nome em letras e a respetiva correspondência numérica, entre outros, que através desta atividade integradora, fomos consolidando.


A história que nos deu o mote, é esta. Obrigada professora Juca!

29/01/2014

Hoje demos voz à professora, para falar sobre um assunto que ela considera importante e pertinente  - A avaliação por portefólio em educação de infância, como instrumento alternativo. E ela fala assim:

Tal como os restantes níveis de ensino, a educação pré-escolar tem sofrido mudanças significativas a nível educativo. Conceitos como avaliação, e novas estratégias de avaliação, fazem cada vez mais, parte do vocabulário dos educadores de infância. Desta forma percebe-se que estes passaram a olhar com maior atenção para o papel desempenhado pela avaliação na educação de infância. Esta mudança, emerge essencialmente pela forma como se começou a entender a educação das crianças mais pequenas, e olhar para o processo de avaliação como elemento fulcral para a tomada de decisões e para a regulação e melhoramento das práticas educativas.
O portefólio como estratégia de avaliação alternativa na educação pré-escolar é cada vez mais utilizado como instrumento de regulação e avaliação das aprendizagens das crianças em idade pré-escolar. Mas a heterogeneidade de pensamento quanto à conceção do conceito do mesmo, objetivos e finalidades e a aplicabilidade deste na prática, são evidências empíricas que têm surgido no quotidiano do jardim-de-infância.
Para McAfee e Leong (1997, cit.Parente, 2004, p.52), o “Portfolio é uma compilação organizada e intencional de evidências que documentam o desenvolvimento e a aprendizagem de uma criança realizada ao longo do tempo”. Neste sentido, é considerado um instrumento de avaliação alternativa em educação de infância, tal como é preconizada na circular nº4/DGIDC/DSDC/2011Entende a avaliação como parte integral do processo de ensino-aprendizagem e é uma estratégia colaborativa, já que todos os intervenientes da ação educativa interagem e colaboram neste processo (crianças, educadores, pais), sendo também considerado como uma resposta educacional “ao desafio de aperfeiçoamento de procedimentos de avaliação alternativa e/ou autêntica (…)” (Parente, 2004, p.52), pois ao avaliar as aprendizagens e desenvolvimento das crianças, está-se a ter em conta aquilo que elas aprendem e como constroem os conhecimentos, inserindo-se este numa perspetiva sócio construtivista alternativa.
O portefólio é mais que mero dossier dos melhores trabalhos das crianças realizados num determinado período de tempo. É antes, um conjunto de produções devidamente organizadas e intencionais, das evidências das aprendizagens das crianças, que ao mesmo tempo, documentam e demonstram os processos e produtos das competências desenvolvidas. A organização do portefólio exige uma articulação sistemática entre o desenvolvimento do currículo, a aprendizagem e a avaliação e desta forma “Abrir um portefólio bem feito é como abrir uma arca de tesouro” (Shores e Grace, 2001, cit. Parente, 2004, p.52).
Os portefólios deverão incluir amostras de trabalhos, registos de observação da criança, amostra de competências de resolução de problemas, entre outros, categorizadas, datadas e colocadas por sequência temporal, para que se tenha sempre informação precisa dos processos de aquisição de conhecimentos e dificuldades da criança, e não sejam segmentadas as áreas de conteúdo.
O educador deve utilizar vários instrumentos de registos de observações sistemáticas e seleções de evidências que documentam os progressos das aprendizagens das crianças, como por exemplo, fotografias, gravações áudio e vídeo, relatos narrativos, notas de observação feitas pelos educadores, comentários das crianças acerca dos seus trabalhos e comentários dos educadores, e outros.
A forma como se selecionam as evidências permitem às crianças e aos educadores aprender mais sobre o processo de aprendizagem. Ao implicar as crianças na escolha e reflexão de evidências para colocar no portefólio (Grubb e Courtney, 1996, cit. Parente, 2004), está a dar-se um sentido de valor acrescido à participação da criança na sua aprendizagem, e a encorajar a autoanálise quando refletem sobre o que foi feito.
As crianças são convidadas selecionar os trabalhos que querem que constem no portefólio, refletir sobre eles, para que possam compreender o seu próprio percurso de aprendizagem. O educador é um mediador, monitorizando este processo de seleção de forma partilhada com as crianças.
Esta seleção é feita ao longo do ano, nesta sala,sempre que possível, num grupo que é constituído por 24 crianças dos 3 aos 6 anos, onde os recursos humanos escasseiam para fazer a documentação, como desejaríamos. Mas lá vamos conseguindo.
Ao longo destes primeiros meses os Triquiteiros têm feito a respetiva seleção de trabalhos, de acordo com o que explicitamos atrás, que colocam no portefólio, junto com o registo da conversa/reflexão sobre a escolha dos mesmos com a professora. 
Os portefólios serão mostrados aos pais no final de Fevereiro, com a respetiva autoavaliação. (Mais tarde falaremos sobre isto, assim que a terminarmos)
À medida de cada um, dentro da sua faixa etária, todos foram grandes, pois as suas escolhas revelam uma autoconsciência dos seus progressos, e da construção dos seus conhecimentos.
No inicio do ano decidiram qual a localização do portefólio na sala, que é de fácil acessibilidade, e o formato, decorando a seu gosto. Sentem prazer em o folhear e em refletir sobre o que fizeram.
Nesta perspetiva, utilizar o portefólio como uma estratégia de avaliação autêntica, colaborativa e contextualizada, realizada ao longo do tempo que a criança permanece no Jardim-de-infância, permite “celebrar e documentar o que a criança faz e pode fazer” (Batzle, 1992, cit. Parente, 2004, p.53) e “ajuda as crianças a moverem-se do eu não sei fazer/e não sou capaz para o eu sei fazer/eu sou capaz” (Collins, 1998, cit. Parente, 2004, p.53), permitindo diálogos criança adulto e adulto criança.
Acredito que o portefólio numa prática de avaliação alternativa autêntica é um ótimo recurso para a compreensão da aprendizagem na educação pré-escolar. Avalia os progressos, e as dificuldades das crianças, através de um conjunto diversificado de procedimentos, que não podem ser verificados através de outras formas de avaliação. 

Nota – Este pequeno texto, faz parte de uma comunicação sobre “Portefólio como instrumento de avaliação alternativa em educação de Infância” que farei na próxima sexta-feira (dia 31), na Universidade de Lisboa – Instituto da Educação.


28/01/2014

Há uma semana atrás deixávamos aqui estas imagens, e referimos que tínhamos colocado na água quente, seis colheres de bicarbonato de sódio.  Dissemos também que teríamos que aguardar oito dias, para ver o resultado final.
Nessa altura foi muito divertido ver como a água borbulhava, quando adicionamos o bicarbonato de sódio, parecia uma "garrafa de champanhe". Verificamos ainda que o bicarbonato de sódio se dissolveu na água, ficando uma ligeira camada no fundo dos copos. Isto era sinal, de que já não se iria dissolver mais.
Ao longo destes oito dias fomos observando e registando o que se estava a passar. O fio de lá foi absorvendo a mistura. Enquanto a água se evaporava, libertava cristais de bicarbonato de sódio (sal), formando assim cristais de suspensão, e até cristais que se agarram às paredes dos copos, e ao prato. 

Esta foi uma experiência que nos deixou com muitas perguntas e nos aguçou ainda mais a curiosidade. A nossa professora acha que deve abraçar estes nossos interesses e explorá-los ainda mais. Então mostrou-nos estas imagens.

Parece que isto é são "grutas"..."cavernas", com cristais como os que nós obtivemos da experiência, mas estes são enormes, e alguns até têm cor. Será que com esta experiência estivemos a tentar imitar o que se passa aqui? Será que se tivéssemos misturado corantes ao bicarbonato de sódio, e água, tínhamos cristais de cor? Será que os cristais de sal pendurados no fio de lá, nas paredes dos copos de vidro, e no prato,são as estalactites e estalagmites das grutas e cavernas?
Para já ficamos a saber que estes cristais têm assim, estes nomes difíceis. A partir de amanhã, alguns de nós vão procurar encontrar respostas para tantas questões.

27/01/2014

Consideramos que é importante promover a literacia cientifica, e formar "cidadãos pequenos", grandes cientificamente, e competentes.
Assim, de acordo com o que havíamos previamente planeado no nosso projeto, e no diário de grupo, como intenção para levar a cabo mais algumas experiências com água, hoje estivemos novamente  a prever, experimentar e a observar.
Desta vez, colocamos 5 materiais para misturar em 5 copos de água (massa, sal grosso, açúcar, café e azeite).
Colocamos o açúcar, o sal, e começamos a dar os "nossos palpites". Será que dissolve? A água vai mudar de cor? Que vai acontecer à massa? E ao café?
É experimentando e observando que chegamos às nossas conclusões. E não foi difícil. Acertamos quase sempre naquilo que prevíamos. O sal e o açúcar dissolveram-se na água, a água não mudou de cor, mas ficou salgada e doce (nós provamos). O café também se dissolveu na água, e esta ficou castanha, até porque "se levássemos ao micro-ondas era café mesmo". Já a massa ficou no fundo do copo de água, porque é mais pesada que a água.

Já o azeite, quando acrescentado à água, não se dissolve. Fica a "nadar" por cima da água. Isto porque "é mais leve que a água"
Mas não nos ficamos por aqui. Decidimos fazer música com água. Mais concretamente com um xilofone de água. Primeiro observamos bem o nosso xilofone. Contamos as notas musicais, e verificamos que precisávamos de 8 copos de água, em quantidade de água progressiva. E começamos a fazer música.



Conversamos sobre os diferentes sons que se consegue fazer batendo com a "baqueta" no copo de água, dependendo do sitio onde se bate no vidro, e dos diferentes níveis de água, já que cada copo faz o seu som.
Foi muito divertido fazer música com o xilofone de água, tanto que durante o dia se foram formando pequenas "orquestras" na sala, de forma autónoma.

E desta forma, experimentando, refletindo sobre o que fizemos, e o que observamos, elevamos a nossa aprendizagem cientifica, e é claro que fomos registando todas estas experiências.

24/01/2014

Depois das experiências com sal e água, que nos levaram à construção dos nossos bonecos de neve, hoje estivemos a explorar uma história que nos fala do inverno e da neve, e do "Branquinho", um boneco de neve que queria ir para a escola. No final, a história deixa-nos um desafio: "Porque é que o boneco de neve não podia ir para a escola".
Conforme íamos ouvindo a história e visualizando as imagens, íamos dando "sugestões" ao "Branquinho".
- Como é ele quer ir para a escola de noite? De noite não há escola.
- E de noite não se vai sozinho. Vai-se com os pais. Eu vou tomar um cafezinho com os meus pais. 
- O Branquinho é grande, gordo e barrigudo. Como é que ele vai, se não cabe no autocarro?
- Não consegue andar, porque não tem pernas.
- Mas pode saltar...vai aos pulinhos.
- Se fosse para a escola, não conseguia escrever porque não tem braços.
- Mas escrevia com a boca. como um menino que eu vi na internet. Parecia difícil, mas ele conseguia.
- É...e como se sentava? Fica sempre de pé? Ele é muito pesado, e as cadeiras não são feitas de tijolos.
- Acho que o Branquinho, tinha que emagrecer. Se calhar fazer dieta, como tu professora. Devia beber muita água, assim uma garrafa igual à tua. Depois já cabia no autocarro, e já se podia sentar na cadeira.
- Mas se bebesse muita água como a professora, o Branquinho derretia. Ele é feito de neve, e a água faz derreter.
- Só se ele beber água morna com sal...fica neve outra vez.
Penso que não preciso de dizer mais nada. Este diálogo demonstra de forma muito vincada, algumas das aprendizagens, que vamos fazendo por aqui!
Por fim, e como na história o "Branquinho", continua sem saber porque é que não pode ir para a escola, nós chegamos à conclusão:
- Só podem ir para a escola os bonecos de neve feitos nas experiências, como os nossos.



E por falar em experiências. Lembram-se de termos metido este boneco de neve no congelador?
Hoje fomos lá retirá-lo, e estivemos a verificar que ele tinha gelado e estava muito mais pesado que ontem.
 Entretanto, colocámo-lo à janela, e fomos verificando ao longo do dia as suas alterações. Parece que começa a derreter.

Deixamos fica à janela, e segunda-feira, vamos ver o que é que aconteceu durante o fim de semana. 

Voltando à história de hoje, decidimos fazer o "Mapa da História" da mesma. O "Mapa da História" funciona como ficha de leitura da história. 
Este instrumento permite à criança conhecer os elementos de uma história: Título; Escritor; Cenários; Acontecimentos e Final da história.
Desta vez fizemos um registo individual elaborado pela nossa professora, e em principio só iam fazer os Trqiuiteiros mais velhos, mas a atividade tornou-se contagiante também para alguns de nós mais novos.

Aqui fica um exemplo de um mapa da história feita por uma criança com quase seis anos, e um outro de uma de quatro anos.

Fica aqui a história que tanto gostamos de explorar! Obrigada professora Juca, por mais uma partilha.




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